domingo, 29 de outubro de 2006

No silêncio do dia

Da vida, escrevo mais um capítulo.
Eis que rompe-se a barreira da distância
Luz do dia que invade o quarto semi iluminado.

Beijos que ardem e alucinam.
Corpos incândescidos tocados.
A alma limpa, mas com cheiro de pecado.

Quando vem a noite em sua carruagem.
Trazendo a lua, falta-me coragem,
Volto para o meu abrigo,
E imagino que foi um sonho.

Enquanto estive nestes lençóis,
sinto-me feito a pétala da flor,
que neste vendaval de amor,
vôa sem destino, em desatino o coração.
E quando estás distante
Perco-me em lamentos constantes.

Presa nas doces lembranças
Fico como pássaro, tomado pela apatia,
Preso numa redoma de vidro transparente
Esperando sempre a noite confidente

Quando minha alma, do corpo, se liberta,
E vôo ao teu encontro à descoberta,
não são apenas delírios e fantasias,

Lembrança real que deixo aqui em forma de poesia,
traduzindo o que meu corpo sentia,
quando teu coração bateu, colado ao corpo meu.