quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Viajando de Bike pelo Litoral Sul


Viajar de bike é sempre um sonho pra quem gosta de ciclismo.
Eu não me lembro ao certo em que momento surgiu a idéia, mas enfim, fazer o litoral foi uma escolha baseada no meu nível de experiência, já que seria a minha primeira viajem.
O Ricardo, à quem eu trato carinhosamente de Rica em meu texto, é quem propôs o roteiro e organizou toda nossa viagem, e o amigo no qual eu compartilhei essa fantástica experiência.

Nosso roteiro de viagem é organizado da seguinte forma:
Feriado de Carnaval, 4 dias no total, podendo se extender a 5 dias caso necessário.
Sairemos da cidade de Iguape - Litoral Paulista, faremos uma pedalada por toda Ilha Comprida chegando no seu final que é a cidade de Cananéia.
Em Cananéia pegaremos um barco que nos levará até a comunidade de Marujá na Ilha do Cardoso, onde dormiremos na segunda noite.
No terceiro dia vamos pedalando até o final da Ilha do Cardoso numa comunidade chamada Ararapira onde uma voadora (tipo de embarcação pequena e motorizada) nos atravessará para a Ilha de Superagui, que é uma reserva natural lindíssima.
Pedalamos por toda reserva até a comunidade da Vila de Superagui onde dormiremos nossa terceira noite.
Quarto dia, pegaremos um barco que nos atravessará para Ilha do Mel, cruzaremos a ilha no pedal até sua outra extremidade onde novamente procuraremos um barco para chegar em Paranaguá.
Da cidade de Paranaguá saímos na pedalada em direção à charmosa cidade de Morretes onde dormiremos nossa quarta noite de viagem.
De Morretes subiremos pra Curitiba de trem turísco, pela ferrovia Paranaguá - Curitiba que é uma obra prima da engenharia.
Temos a opção de dormir em Curitiba e voltar pra São Paulo no dia seguinte, ou no mesmo dia assim que desembarcarmos do trem já que a Ferroviaria é ao lado da Rodoviária.
Esta é a nossa direção, mas onde iremos dormir em cada um desses lugares será uma surpresa, já que nada foi reservado, apenas, resolvemos então levar a barraca pro caso de uma emergência, afinal de contas é feriado de Carnaval.

O roteiro é perfeito, pois leva em consideração o pedal por longos trechos porém em areia batida e muito plana, facilitando essa minha primeira experiência.
A quantidade de dias também é ideal, dá pra se pedalar pela manhã e chegar ao destino do dia, tendo tempo suficiente pra procurar por um lugar pra dormir e ainda sair pra uma volta à noite.

16/02/2007 (Sexta-Feira)

Saímos de São Paulo no terminal rodoviário da Intersul alí do Taboão da Serra.
O horário de saída estava previsto para as 15:40, mas atrasou uma hora.
Sem problemas, nossa intenção é não chegar muito tarde em Iguape porque ainda temos que procurar um lugar pra dormir.
Também fiquei tranquila porque não encheram o saco pra levar as bikes no bagageiro do ônibus, as vezes tem companhia que dá trabalho.
Até que não pegamos nada de trânsito pra um feriado de Carnaval, por volta das 21:00hrs estámos desembarcando as mochilas e as bikes na rodoviária de Iguape.
É a primeira vez que vejo a bike do Rica montada com o alforje + barraca de camping, olha que, a menina tá engraçada ... ainda não sei como ele vai conseguir pedalar assim, é estranho a impressão que se tem é de desequilíbrio e peso, muitoooo peso.
Já havíamos levado nossos acessórios numa sacola na mão pra facilitar, foi só montar a bike e sair pedalando pela cidadezinha pra procurar um lugar pra ficar.
A cidade de Iguape é bem bonitinha, centrinho histórico, mas é limpinho e até tava rolando um carnavalzinho de bairro.
O bar pra tomar um chopp em frente a Igreja Matriz foi um achado.
Lugarzinho estiloso, chopp gelado e bom atendimento, é a cara do Rica.
A noite estava bem quente, clima propício pra se tomar muitas, pena que agente vai pedalar no dia seguinte e eu ainda tô preocupada com a minha performance, melhor não exagerar.
Nosso hotelzinho é bem muquifinho, pequeno, quente, fedido e barato ... kkkk ...sem problemas, é só por uma noite ... e faz parte da aventura.
Minha preocupação é sempre com a comida, não gosto de comer mau ou ficar sem comer que fico de mau humor (mas meu mau humor é light, eu nem mordo ninguém).
Já fui perguntando pro tiozinho como era o café da manhã que estava incluído na diária (pelo preço ...), pão com manteiga e café preto. Affee, pra pedalada que eu tinha isso não ia dar nem pros primeiros giros.
Achei melhor procurarmos uma padaria e tomarmos um café da manhã com mais sustância eu diria. Nem acredito que eu ainda pedi um desconto por não ficarmos pra comer rsrs, acho que não fiz as contas ... (que eu esperava? será que uns 10 reais num pão com manteiga ??)

17/02/2007 (Sábado)

Acordo com um delicado toque de sinos da igreja Matriz às 6:00 Hrs da manhã. A sutileza da batida era tão grande que eu tinha certeza que era uma bateria de escola de samba, alguma escola deveria estar começando a desfilar... ninguém merece, pensei.
Caracterizados de ciclistas fomos pra padariazinha da cidade tomar meu esperado breakfast. Hum... nota 7,5. A não ser pelo atendimento, gente bacana, atenciosa e muito simpática. Também começo a perceber que ciclistas são sempre bem vistos em qualquer lugar.

Logo pude perceber que passaria a ser comum durante a viagem sermos observados por olhares curiosos, e que por muitas vezes iríamos repetir a história de qual era o roteiro da nossa viagem.
Tomamos informação da direção de Ilha Comprida e da situação para o pedal numa base do corpo de bombeiros. É importante saber os horários da maré pois, quanto mais baixa, maior e melhor será a faixa de areia para se pedalar.
A Ilha Comprida completa tem aproximadamente 80Km, mas saindo do ponto onde estamos em Iguape até sua outra extremidade temos pela frente uns 50Km. Distância até que trânquila, se o vento estiver à favor então melhor ainda. Mas normalmente percebemos que pela manhã os ventos são sempre bem brandos, o que não ajuda muito, mas também não atrapalha (caso fosse vento contra seria mais difícil ...).
Detalhe, o bombeiro que nos forneceu a informação sobre as condições da praia fez um pequeno comentário no final pro Rica, "cara, você é corajoso..." (pensei ..e eu entao, o que sou??? provavelmente louca né!)

Pra minha surpresa (e pra do Rica também...) até que meu pedal rendeu, ainda estou me acostumando com a mochila nas costas, tem momentos que ela me incomoda muito.

O visual é uma coisa inusitada, incomum. Se perde de vista a praia, a faixa de areia que termina no horizonte por muito tempo. É possível se pedalar por até uns 5 kilometros sem ver um sinal de vida. Mas não mais que isso. Essa formação natural se chama "Lagamar".
A água do mar não é clara, mas deve-se ter muita vida por que a pescaria aqui é frequente. Sempre cruzamos com pescadores de praia. Ahh, e com o bombeiro também, pelo menos umas 4 vezes, só que ele passava de moto, e sempre nos cumprimentava.
Duas horas de pedalada até o final da praia, já se chega na balsa que nos atravessa pra outra margem novamente, alí já é a cidade de Cananéia.
Rapidinho já encontramos um barco de turistas que estava saido pra Ilha do Cardoso, e poderia nos deixar na comunidade de Marujá.
O barco é mais demorado, serão 2 horas de travessia, mas é bem mais barato. Uma outra opção é ir de voadora, faria o mesmo trecho em 40 mins, só que custa 5x mais caro.


Enquanto acomodamos as bikes no barco, percebo mais uma vez os olhos que nos seguem expantados, estou quase me convencendo que não sou deste planeta.

O percurso é lindo, mangue, vegetação virgem, e botos, muitos botos nos acompanham pelo caminho.
Chegando na comunidade de Marujá não encontramos lugar pra dormir, o lugar estava simplismente lotado de gente levando em conta que o lugar é pequeno pra tanta acomodação.
Depois de muita procura, encontramos uma vaga de barraca,
o que já foi uma alternativa.
Não foi uma experiência muito agradável, mas pelo menos usamos tudo o que havíamos levado.
Eu pirei com a comunidade de Marujá. Que galera é essa? Que festa é essa? se o mundo acabar assim será perfeito.
O lugar me lembra cenas do filme "A Praia", e as pessoas também. Festa aqui gira 24x7. Mesmo depois que a força acaba as 2 da manhã.
Vou narrar um pequeno trecho da balada que presenciei. Por volta de meia noite, uma galera, cerca de 500 pessoas na festa, saem do bar que toca agora um forró animadíssimo, vão para o gramado e dão as mãos, começam todos a girar numa grande ciranda, e como cantam, e como dançam. A energia desse lugar é um assombro.
Logo é hora de dormir, tem pedal logo cedo e hoje não tem pousada nem colchão. NM!!

18/02/2007 (Domingo)

Acordamos bem cedo (na verdade acho que nem dormimos...), desmontamos o acampamento e fomos procurar um lugar pra tomar um café da manhã.
Pra minha surpresa as 7:00 hrs já tinha uma pousada aberta e iniciando o serviço, melhor assim, quanto mais cedo sairmos, mais cedo chegaremos.
Ainda tem muita gente acordada, virados ainda da balada. Vamos até a praia pra começar a pedalada e também vemos muitos corpos espalhados, largados pela areia. Não posso negar uma certa invejinha de ter ido dormir antes do que queria e ter que levantar tão cedo.
Me despeço de Marujá com uma promessa, I'll be back.
Seguimos pedalando em direção à Vila de Ararapira, outra extremidade da Ilha do Cardoso. Conforme nos informaram, serão 16km pela praia. E que praia.



Aqui também é Lagamar. A faixa de areia consegue ser maior que a de Ilha Comprida. O visual é um assombro, a areia é clara e a água cristalina. Coisa mais linda de se ver. Praia completamente deserta.
Em certos trechos a faixa de areia deve alcançar seus 100 mts de largura.
Aqui eu fecho meus olhos e assim pedalo por minutos sem abrí-los. Testo outros sentidos.
Percebo o vento por onde ele toca o corpo, o som do mar quando as ondas quebram, o cheiro da maresia. O Rica vai me guiando quando eu saio da linha reta. Show.

Rapidinho chegamos na Vila de Ararapira, dá pra ver a Ilha de Superagui logo à frente, não tem 300 mts, mas precisamos de um barquinho pra nos atravessar.
Já na Ilha de Superagui, agora estado do Paraná, nos informamos mais uma vez sobre as distâncias e a situação do local. Isso é super importante porque precisamos nos previnir de água e ter certeza de que o caminho escolhido é o melhor.
Serão 35Km pela Ilha até a comunidade de Superagui, onde teremos infra de pousada e lugares pra comer.

Os primeiros 5km de pedal, foram, eu diria, bem divertidos. A faixa de areia é estreia, toda costelada, com muitas raizes e galhos. Também tivemos que atravessar dois riachos de águas bem vermelhas que desembocam na praia, ainda bem que estavam baixos, na maior profundidade um deles chegou a 1 metro. (é importante se informar da situação nestes dois rios porque as vezes eles estão bem cheios, depende da maré e das chuvas...).

Também, ainda no início da Reserva, tem um trecho de aprox. 2km que não tem faixa de areia pra se pedalar, então é preciso pegar uma trilha por dentro da mata.
Passando isso, só alegria. Voltamos ao visual lagamar. Só que agora acompanhados de Gaivotas. (na verdade não se se o pássaro era esse mesmo, mas enfim ...) Uma quantidade muito grande. Fizemos várias fotos e vídeos cinematográficos. Mais uma vez a praia é nossa. To me sentindo numa expedição à lugares nunca antes explorados, a natureza aqui foi muito generosa.
Chegamos na Vila de Superagui pouco antes do meio dia.
O humor do Rica tá péssimo hoje, chega a ser engraçado.
Ele precisa de cama e colchão urgente.
Achar uma pousadinha aqui na vila foi um alívio. Lindinha por sinal e com muita gente simpática. Ainda chamamos muito a atenção das pessoas. Eu já tô me achando "a" ciclista. Três dias pedalando direto, até achei que minha performance foi melhorando ao passar dos dias, contrariando minhas neuras de que meu rendimento cairia.
Limpos e alimentados o jeito foi dormir pra recuperar o sono do dia anterior.
Aliás, esse é um toque essêncial, importantíssimo lavar e lubrificar a bike no final de cada dia quando se faz um pedal por praia. O kit de lubrificação nos acompanha desde o início da viagem.
A noite na Vila de Superagui é típica de pequenas comunidades turísticas. O forró aqui domina.

Encontramos um lugarzinho exótico. Não acreditei nesse lugar. A simplicidade é tão grande, a decoração tão rústica, o povo local tão caricato ... isso só pode ser brincadeira, se a globo montasse uma cidade cenográfica com personagens não seria tão perfeito, eu juro. Aqui tudo é muito puro, muito natural, é onde reside o charme e a beleza de Superagui.
Descansado e depois de tomar umas cervas o humor do Rica melhora muito, já dá pra gente fazer contato ... rsrs, durante minutos ele fica quieto, está certamente pensando no roteiro do dia seguinte. Enquanto isso eu escrevo. Desde o primeiro dia em Iguape decidi que vou contar essa história na medida exata do detalhe. E em qualquer parada eu procuro um pedaço de papel ou guardanapo pra relatar o dia e seus momentos mais marcantes.

19/02/2007 (Segunda-Feira)

Acordo depois de uma reparadora noite de sono, olho pela janela e me deparo com um mau tempo du ca.... Um breve suspiro de lamento e já realizo que não vai ser dessa vez que eu vou conhecer a Ilha do Mel. O Rica já tinha sinalizado no dia anterior que com chuva seguiríamos direto para Paranaguá.
Delicioso café da manhã caseiro. Aqueles que agente toma na cozinha da casa caiçara, hum dá uma saudadinha ...
Os barcos pra Paranaguá não tem frequência certa, então é necessário estar bem informado dos horários e dos barcos que vão sair. A travessia direto pra Paranaguá é meio complicada. Ela pode ser feita tanto por dentro da Ilha, como por fora em mar aberto. Por fora é bem mais perto aprox. 2:30 ou 3Hrs de travessia, mas se o mar estiver muito ruim os barcos saem pelo lado de dentro bem mais distânte e ai pode-se demorar até 6 Hrs. Ainda bem que, mesmo batendo muito, conseguimos ir pelo lado de fora e nossa travessia até Paranaguá demora 2:40mins.
Somos acompanhados o tempo todo pelos botos e pelo visual da Ilha do Mel, bem na nossa frente.
Acho que as bikes andaram mais de barco do que pneu no chão mesmo. Affeee.
Depois de respirar muito óleo diesel, descemos em Paranaguá. Até que pra uma cidade portuária, ela é bem bonitinha, mas o cheiro do óleo diesel ainda me acompanha.
Parada para nos vestirmos de ciclistas, caramanholas abastecidas, nossa direção agora é a cidade de Morretes. Estou super anciosa pra conhecer, todos falam muito bem.
Aqui em Paranaguá já tem trêm que vai pra Curitiba também, mas queremos pedalar até Morretes e de lá pegar o trêm pra Curitiba.
Daqui de Paranaguá serão 36km até Morretes, sendo 24km pela rodovia principal e 12km por uma viscinal, uma estradinha linda, um visual maravilhoso que deu o charme especial no pedal.
Esse trecho pela rodovia tem algumas subidas e descidas, mas tudo muito tranquilo. É preciso tomar cuidado porque não tem acostamento na estradinha, mas também o fluxo de veículos é bem pequeno.
Logo na entrada da cidade encontramos a pousadinha que nos indicaram, e por lá mesmo já ficamos. São 3 horas da tarde e dá tempo suficiente de tomar um banho e almoçar o famoso Barreado.
Eu fiquei deslumbrada com a cidade. Me sinto num vale europeu. Construções antigas conservadas, paisagismo natural, um rio que corta a cidade várias vezes, calçamento de pedra, cidade toda planinha, ótimos restaurantes, vários, agente se confunde com tantas opções. Ahh, e tem lojinhas, muitas lojinhas .....
Morretes é imperdível. Tem que se conhecer um dia.
A primeira baixa da viagem aconteceu aqui, logo depois do almoço. Meu pneu furado, e na hora de trocar a bomba do Rica ainda quebra, affeee, ainda bem que estamos na cidade e aqui tem posto de gasolina, queria ver se fosse no meio do Lagamar. Lição aprendida, nunca viaje com uma bomba só. Sob o sol direto por muito tempo os plásticos ressecam.
Agora acabou o pedal, a bike é só pra nos locomovermos pela cidade. No dia seguinte iremos pegar o trêm turísco para Curitiba, que é o final de nossa viagem.
Sinal que podemos comer e beber à vontade e desfrutar do monte de coisa boa que tem aqui na cidade, that's wonderfull!

O trem sobe pra Curitiba somente uma vez no dia, então é importante conferir os horários que são diferentes nos fins de semana e feriados, o site é www.serraverdeexpress.com.br/ .

19/02/2007 (Terça-Feira de Carnaval)

Hoje estamos de boa. Só fazendo compras e preocupadíssimos em decidir onde iremos almoçar. São várias opções e todas muito boas.
O trêm parte pra Curibita as 15:00 Hrs. e a viagem toda demora cerca de 3 horas.
Estou anciosa pra ver como é isso, acho que a última vez que andei de trêm eu deveria ter uns 15 anos.
Meia hora antes chegamos na estação, embarcamos as bikes num vagão próprio pra elas. Interessante, isso deve ser comum por aqui.

A subida da serra é muito linda, uma pena que o dia está muito nublado e não será possível apreciarmos o melhor do passeio que é o visual, os grandes desfiladeiros sob esta construção de 1900 e qualquer coisa ...

Chegamos em Curitiba as 18:00 hrs, poderíamos dormir aqui e no dia seguinte pedalar pela cidade, visitar o Jardim Botânico, o Museu do Ouro e a Ópera de Arame, que são os pontos turísticos mais famosos da cidade, mas chove muito e minha roupa limpa também já acabou ...rsrs

A ferroviária, fica ao lado da rodoviária, foi só comprar as passagens de volta pra São Paulo.
Bikes no bagageiro pela última vez. Chegando em SP ainda tem o táxi pra chegar em casa.
Pensando bem a logística é um tanto complexa, foi ônibus, vários barcos, voadora, trêm, ônibus de novo e carro ... só faltou mesmo avião... affeee

Por muito tempo estas cenas ainda irão ficar se repetindo na minha memória.
Uma sensação boa, prazerosa... até que venha a próxima aventura e estas cenas mudem, mas o sentimento de alegria sempre permace, esse não pode deixar de existir nunca!

Monica Magalhães
email: monica_maravilhosa@hotmail.com
Perfil Orkut : http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=2163907730293661782
Álbum de Fotos da Viagem: http://picasaweb.google.com.br/monica.dive/ViagemDeBikePeloLitoral

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Felicidade

A felicidade é algo assim sem motivo aparente...
Uma quietude branda, um estar bem consigo,
Uma alegria serena que domina a gente,
Esta ventura completa que hoje está comigo !

E por que não dizer que ela se repete,
Quando me envolvo vibrante em um poema,
Quando a paz me edifica um novo esquema
No engenho de amor que a vida reflete ?

Felicidade é assim e não se explica,
Não se sabe quando chega e porque começa,
Não depende de algo que na gente fica
Não decorre de nada que se peça !

Felicidade é o lugar que procuro
Fora do tempo e do espaço,
Nada que dependa de outrem
Mas só daquilo que faço!