quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A surpresa


Desde que eu soube que meu presente de Natal estaria na Tailandia fiquei imaginando as mais diferentes coisas (ja que vindo do Renato pode-se esperar de tudo).

A viagem toda pra mim esta sendo uma surpresa. Eu ja li bastante tambem sobre a Tailandia, sao dezenas de pontos turiscos (outros nem tao turisticos), mas qual seriam os escolhidos e quando fariamos nao sei. Coisas me passaram pela cabeca como visitar alguma fazenda de orquideas (mto comum por aqui), algum mergulho diferente em Chiang Mai (tanto dificil nessa altitude que estamos), mas nada disso viria.
No dia anterior eu precisava saber o minimo de informacoes, coisas do tipo: que roupa usar, vai sujar, vai molhar, o que levar. Foi quando ele me disse para que eu usasse roupas normais, nao levasse nada de diferente e que acordariamos as 5h e sairiamos as 6h da manha.

Achei bem estranho, afinal que tipo de surpresa deveria comecar tao cedo? Ja imaginei algum nascer do sol em algum ponto diferente da cidade (isso eu acertei hehehe).

Mais uma que me lembrei, por alguns momentos tambem achei que poderia ser um salto de Bung Jump, outra coisa bem comum por aqui. Mas logo mudei de ideia pq ele nao pularia e nem me faria pular. E outra, as 6 da manha nao faria sentido.

Na noite anterior dormimos bem tarde, quase uma da manha, para ter que acordar as 5. Ficamos um bom tempo na lan house tentando atualizar o site para voces e enviar as fotos do trekking. Despertadores ligados, os 2 celulares mais meu relogio de pulso. Para garantir! Ja passou meu Jet Leg mas ainda nao to 100% no horario novo, ta esquisito! Acordei com o celular e assim que pronta ja comecou me bater um medao! (rsrs) Nunca passei por isso com tanta intensidade.

Ja me fizeram surpresas, mas sempre a gente tem algumas suspeitas, sempre pegamos alguma coisa no ar. Mas nada como esse suspense do inicio ao fim.

Ainda tudo escuro, quando saimos eram 6 da manha. Taxi na porta da nossa Guest House. Eu entro e logo o Renato venda meus olhos. Sinal que nao e longe daqui. Pior ainda. Quanto mais o tempo se aproxima menos eu entendo o que vai acontecer e o que me espera. Questao de 10 ou 15 min depois que saimos ele me diz que estamos chegando. Liga a camera, e comeca a gravar o video que voces poderao conferir aqui no site logo que voltarmos de viagem.

Eu desco do carro e ainda de olhos vendados so ouco um barulho de helice. Ai meus Deus, pensei, e um voo de ultra leve! Mas quando abro os olhos vejo um Balao. Ja crescendo... e as pessoas olhando pra mim, tambem surpresas com a minha surpresa. rs


O Renato ta falando um monte de coisa e eu nao consigo prestar atencao em nada e nem ver ninguem. Fiquei olhando pro Balao e claro, em 2 segundos, desabo a chorar. E olha que isso e muito dificil!

Eu so conseguia dizer "nao" , "nao" ... e o Renato entendendo que eu nao queria voar. Mas eu so queria dizer "nao acredito nisso". rs

Ja fazem 6 horas que descemos do voo e eu ainda to em estado de graca. Fico sorrindo o tempo todo. E assim foi durante todo nosso voo. Absolutamente fantastico! Perfeito!
O balao nao balanca nada, nao venta, o sol ta nascendo atras das montanhas, nenhuma nuvem pra desenhar nesse ceu azul, e vejo a cidade de Chiang Mai inteira e coberta pela nevoa da manha que comeca a subir.

Impossivel com palavras tentar descrever o que senti em cada minuto do nosso passeio. Subimos a mais de 100 metros de altura. O fogo pra gerar o ar quente que faz o Balao subir chega a aquecer nossas costas. Nem frio nos sentimos.

Voamos por 1 hora e meia. Circulamos uma area grande de Chiang Mai, passando sobre pastos, residencias e ruas. As pessoas param pra fotografar. Acenam! (rs). E eu ainda nao parei de chorar rs.
Depois de 2 rasantes sobre o lago, pra nos vermos no espelho d'agua, o balao comeca a se posicionar pra descer. Balao nao tem controle de direcao nenhum. Vai pra onde o vento quiser levar.
Ele so consegue controlar a altura, entao ficamos subindo e descendo ate chegar num ponto bom.
Ele nem toca o chao e os ajudantes ja seguram pelas cordas e levam ate o lado da caminhote que o transporta. Na verdade o monta/desmonta nao e tao complicado. Acho que o pior e sempre encontrar o local exato pra se fazer o voo. Pra isso Chiang Mai e perfeito.
O Doidera curtiu tanto quanto eu. Oportunidade impar de registrar Chiang Mai de um angulo exclusivo! Depois abandonamos as cameras e videos e fomos curtir o passeio. A surpresa ainda nao terminou por ai. Assim que descemos somos recepcionados com um belo cafe da manha!


Quem "pilotou" o balao foi o Wouter, um holandes super simpatico, gente boa, que ainda namora com uma brasileira. Ele faz voos no Brasil uma vez por ano e vai ligar pra gente quando estiver por aqui. Queremos voar com ele novamente.
Por fim, um ritual que eu desconhecia pra quem voa pela primeira vez de Balao. O Wouter pega uma champagne, nos conta uma historia sobre a origem do balao, abre a champagnhe, fazemos um brinde (o Renato, claro, com suco de laranja! rs) e em seguida nos entrega um certificado! Que coisa mais chique. Inesquecivel!
Eu nao consegui parar de ver os videos ainda. As imagens ficam se repetindo aqui na minha mente.
So pra nao deixar duvida da importancia disso tudo, ou pra voces entenderem melhor, vou contar uma coisa agora. Eu tinha um sonho de voar de balao. Desde menina, ainda com 8 anos, quando vi no ceu pela primeira vez. Eu poderia sim ter feito isso a muito tempo. Mas eu sabia que isso aconteceria num momento especial da minha vida, e claro, com uma pessoa especial. Longa espera, que valeu cada minuto da minha vida. Jamais vou conseguir retribuir, e tambem sei que nao e isso que o Renato espera. Mas posso garantir que o passe dele valorizou muitoooo rsrs ;-)


Bjuss

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