terça-feira, 11 de julho de 2006

Amor Proibido

Quem nunca ouvio dos poetas mais renomados afirmações de amor tipo:
"Amores vêm e vão...";
"É um contentamento descontente";
"Que não seja imortal, posto que é chama"

Todos procuram a eternidade de um amor autêntico, de um amor que drible as intempéries das relações desgastantes e mornas.
Todos investem tempo, gastam saliva, estudam perfis, freqüentam analistas, como se houvessem fórmulas prontas ou uma Pedra Filosofal que transformasse ilusão passional em paz emocional.

Enlaces perfeitos muitas vezes morrem na hipocrisia social, que se reveste de puritanismo, sob as vestes fantásticas da falsa moral, sem se permitir compreender o quão possível é viver com tamanhas diferenças.

Amores inesquecíveis são aqueles que não podem durar mais que os instantes da intensa loucura da entrega.

Amores efêmeros são imortais, posto que não dividem a mesquinhez; não cobram o amanhã, antes, são vividos por inteiro, já que não admitem, embora entendam, a impossibilidade natural de subsistir.

Até o dia em todos os seres humanos entenderem que não pode haver limites para o amor, não existirá felicidade mais doce do que provar as delícias de um amor proibido.

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