Embalada por teu canto que, ao longe, eu ouvia,
Ofuscada pelo raio de luz penetrante pela fresta,
Segui teus passos, ouvidos, por mim, em simetria,
Busquei tuas mãos e me amparei na destra.
Senti teus braços envolvendo o meu corpo,
caminhei ao teu lado desconhecendo o caminho,
mergulhei no espaço que avançamos aos poucos,
atapetado de flores, enfeitado de arminho.
Aspirei o ar com teu perfume irresistível,
deixei-me levar, acompanhando o teu destino,
tivesse ficado, fosse, talvez, preferível,
mas já estava envolvida, já tinha perdido o tino.
Penetrei, contigo, uma floresta fechada,
Embora tão feliz, senti minha mão suspensa,
Descobri-me, de repente, ali só, abandonada,
Ouvi o silêncio, percebi-me tensa!
Somente lágrimas rolaram na minha face,
Não vi saída, nem caminho de retorno,
Ao longe teu vulto, por mais que se afastasse,
Aquecia meu peito que outrora fora morno.
Sentei-me nas trevas derramando meu pranto,
Sequer imaginava em que lugar eu me encontrava,
E esperei pela mesma luz e pelo teu mesmo canto,
Já sentia, nesse instante, o quanto eu te amava!
sexta-feira, 14 de julho de 2006
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